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FISIOTERAPIA TRAUMATO ORTOPÉDICA NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM DOR CRÔNICA.

Thâmis Miranda de Assis Silva1

Gabriela Meira de Moura Rodrigues2

Eliane Monteiro3

Introdução

A fisioterapia traumato ortopédica atua nos distúrbios musculoesqueléticos com intuito de prevenção e reabilitação. Profissionais habilitados garantem a legítima autonomia no desempenho de suas atividades e buscam realizar atendimento nesta especialidade abordando a dor crônica [1]. Este artigo é uma revisão de literatura realizada através de trabalhos já existentes com validação científica, informações atualizadas e publicações relevantes, pois contextualiza as pesquisas atuais e auxilia na realização de novos estudos. Traz como objetivo geral compreender o tratamento de dores na fisioterapia traumato ortopédica, e, por objetivos específicos, compreender os principais conceitos na área e mostrar os dados epidemiológicos de dor crônica no Brasil. Estes estudos têm por finalidade atuar sobre estado de dor no tratamento a pacientes acompanhados por fisioterapeutas traumatos ortopédicos em suas abordagens na prevenção e reabilitação de distúrbios cinéticos-funcionais, e com mecanismos diferentes, pois, é individual.


Metodologia

Este artigo, é uma revisão de literatura por se tratar da realização de novos estudos através de resumos e sínteses de trabalhos já existentes. O método de pesquisa ocorre por meio de pesquisas e análises textuais interpretativas nas bases como sites, documentos, periódicos, livros e artigos científicos relacionados ao tema abordado. Na realização de um trabalho científico a revisão de literatura é um dos métodos relevantes pois contextualiza as pesquisas atuais e auxilia na realização de novos estudos, fontes que vão embasar a parte teórica do seu trabalho acadêmico, a revisão de literatura resultará nas análises relacionadas a pesquisa [2]. Este foi realizado através de estudos com validação científica, informações atualizadas, e publicações relevantes. As bases de dados utilizadas foram SCIELO, COFFITO, SBED e IASP; os critérios de inclusão foram documentos escritos nos idiomas português e inglês que foram publicados entre 2002 e 2020. As análises de 11 artigos que preencheram os parâmetros necessários para realização deste. Os critérios de exclusão foram artigos que não preencheram os critérios de inclusão.


Desenvolvimento

Traumato ortopédica é uma das especialidades da fisioterapia reconhecida pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) onde, depois de graduado, o fisioterapeuta pode se especializar [3]. O COFFITO, sob a resolução n° 260, de 11 de Fevereiro de 2004, reconhece esta especialidade e dá outras providências. A fisioterapia, em ascensão científica, acadêmica e social, requer desenvolvimento científico e tecnológico nos cuidados relacionados à prevenção e recuperação da saúde e esta é uma possibilidade [4]. A fisioterapia é uma ciência que consiste na promoção, prevenção, intervenção e reabilitação. Com objetivos de estudar, prevenir e tratar distúrbios cinéticos-funcionais, o profissional é habilitado para realizar o diagnóstico fisioterapêutico em diversas especialidades e possui legítima autonomia no desempenho de suas atividades. Suas contribuições na área da pesquisa podem ser relevantes no avanço científico e social [5]. Dor é uma experiência a que todos são submetidos, seja ela leve, moderada ou intensa. O processo é individual, ou seja, cada pessoa sente de maneira diferente. Por ser subjetiva, têm influência de fatores fisiológicos intrínsecos, culturais e emocionais. Associada à lesão real ou potencial, as percepções relacionadas às experiências no processar se diferem individualmente, sem separação da saúde física e emocional. O mecanismo de sensação de dor é multidimensional [6]. Não se estabelece protocolo para mensuração da dor. Existem tipos de medidas diferentes que levam em consideração a percepção individual, os aspectos psicológicos, a resistência às sensações e as condições de comunicação de quem é avaliado. As escalas de medida que existem levam em consideração todos esses aspectos bem como a subjetividade. Na tradução de estímulos relacionados a lesões reais e potenciais, a interpretação de receptores especializados também variam [7]. Não necessariamente o indivíduo precisa ter lesão para sentir dor. Levando em consideração a não separação da saúde física e emocional, o conceito mais aceito sobre dor diz que a mesma é experiência sensitiva e emocional desagradável que pode estar associada a lesão tecidual real ou potencial [8]. Compreender esse mecanismo do sinal doloroso no sistema nervoso central e as ações neurofisiológicas que são complexas, a exterocepção estímulos que você recebe do mundo, na mente vão ser guardadas e processadas, ou seja, toda dor tem a sua memória, a interocepção é a informação como o cérebro vai interpretar, a cronicidade como psicológica, sensitiva e emocional, e a nocicepção a atividade em resposta a um estímulo, é a reação, considerando é difícil descrever é subjetiva, fatores intrínsecos afetam como o indivíduo vai sentir dor, ou intensidade, pois está relacionado com o psicológico . A neurociência compreende a relação do sistema nervoso e suas ligações com a 28 fisiologia do organismo. Este é um ramo da biologia complexa que explora o controle neural das funções vegetativas, sensoriais e motoras, e assim, formula o entendimento dos sistemas e seus mecanismos [9]. A fisiologia da dor traz que o estímulo doloroso é um relevante alerta. A diferenciação entre aguda e crônica se relaciona ao período de tempo que a mesma é sentida. Enquanto a primeira tem duração de tempo esperado, a segunda é persistente e ultrapassa esse tempo (pelo menos 3 meses). A cronicidade pode ocorrer quando o processo de cicatrização é lento, gerando memória de dor; esse é um dos motivos pelos quais o tratamento varia de acordo com a classificação da dor do indivíduo [7]. Dor crônica é um problema de saúde pública no Brasil, o que causa elevados custos todos os anos. Em média, a população que se queixa ou sofre de dor é de cerca de 30%, dado este semelhante aos de países com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais elevado (países desenvolvidos). É importante ressaltar que o Sistema Único de Saúde (SUS) ainda não contempla claramente essa questão, não existe uma política de saúde pública que leve em consideração a questão da dor, inclusive nas doenças citadas pela OMS em que a dor é a dimensão agravante [10]. A fisioterapia traumato ortopédica atua na prevenção e tratamento de distúrbios agudos e crônicos, disfunções essas que podem prejudicar as práticas cotidianas. Quando se trata de dor crônica, a equipe multiprofissional é indispensável, pois é necessário considerar os aspectos psicológicos, físicos e biológicos [1]. O fisioterapeuta traumato ortopédico no tratamento de dor crônica ressalta a necessidade da humanização ao levar em consideração as particularidades do paciente. A partir disso, o profissional deve planejar suas condutas, tendo como possibilidades as técnicas da terapia isocinética, eletroterapia, termoterapia e cinesioterapia; métodos estes que estimulam o equilíbrio e fortalecimento muscular. Algumas das dores que podem ser tratadas por essas técnicas são a lombalgia, cervicalgia, ciatalgia, hérnia de disco, escoliose, fraturas, artrose, entorses, luxações e osteoporose, atuação na prevenção e reabilitação de traumas [11].


Conclusão

Tendo em vista expressar o resultado da educação em dor, ela é a relação de uma experiência sensorial e subjetiva que se divergem em históricos de vida. A percepção da dor é individual e, por isso, não se estabelecem protocolos de atendimento. Quando crônica, a dor ultrapassa o limite de tempo (acima de três meses). A memória de dor é formada e isso exige que as técnicas sejam diferentes do tratamento para dor aguda. São levadas em 29 consideração todas as características físicas e psicológicas do indivíduo e o atendimento deve ser feito por vários profissionais diferentes para que todas as características patológicas sejam resolvidas. Os tratamentos abordados na fisioterapia traumato ortopédica variam de acordo com a intensidade e frequência da dor, o profissional estabelece um diagnóstico individual e efetivo no tratamento de traumas e distúrbios cinéticos.


Referências

[1] COFFITO. Traumato-ortopedia na atenção primária [Internet]. [cited 2020 feb 21]. Available from: https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=15716#more-15716.

[2] Carvalho YM. Do velho ao novo: a revisão de literatura como método de fazer ciência. Revista Thema. 2020; 16(4): 913-928.

[3] Pita B, Guirro E. Especialização e especialidade. Fisioterapia e Pesquisa. 2012; 19(2):95-96.

[4] COFFITO. Resolução nº404/2011 [internet]. 2014 [cited 2021 May 31]. Available from: https://www.coffito.gov.br/nsite/?s=fisioterapia+traumato+ortop%C3%A9dica+.

[5] Moreira DO. Fisioterapia: uma ciência baseada em evidências. Fisioterapia em Movimento. 2017; 30(1):9-9.

[6] Sousa FAEF. Dor: o quinto sinal vital. Revista Latino Americana de Enfermagem. 2002; 10(3): 446-447.

[7] Araújo LC, Romero B. Dor: avaliação do 5º sinal vital. Uma reflexão teórica. Revista Dor. 2015; 16(4): 291-296.

[8] Raja SN, Carro DB, Cohen M, Finnerup NB, Flor H,Gibson S,Keef FJ, Mogol JS, Ringkamp M, Sluka KA, Song X, Stevens B, Sullivan MD, Tutelman PR, Ushida T, Vader K. A revisão da definição de dor da Associação Internacional para o Estudo da dor: conceitos, desafios e compromissos. IASP. 2020; 161(9):1977-1982.

[9] Ventura DF. Um retrato da área Neurociência e comportamento no Brasil. Psicologia: Teoria e Pesquisa. 2010; 26 (spe): 123-129.

[10] Vasconcelos FH, Araújo GC. Prevalência de dor no Brasil estudo descritivo. BrJP. 2018; 1(2): 176-179.

[11] Nascimento HB, Moura JKNF, Morais KHC,Gil MPS, Melo CM, Silva RB. Principais Patologias e Recursos Fisioterapêuticos Utilizados na Fisioterapia Traumato- Ortopédica. XVIII Mostra Acadêmica Do Curso De Fisioterapia. 2020; 8(1):87-90.


 
 
 

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